As doenças reumáticas podem, de fato, afetar a vida sexual das pessoas, mas com compreensão, comunicação e estratégias apropriadas, é possível manter uma vida íntima satisfatória.
É crucial que os pacientes busquem apoio médico e emocional quando necessário e se concentrem em manter uma visão positiva de sua sexualidade, apesar dos desafios impostos por essas condições. A chave está em encontrar maneiras de se adaptar e continuar desfrutando de uma vida sexual saudável.
No artigo de hoje você vai descobrir o impacto que as doenças reumáticas podem ter na vida sexual das pessoas e como lidar com os desafios. Continue a leitura!
Impacto das Doenças Reumáticas na Qualidade de Vida
Pacientes com doenças reumáticas podem enfrentar diversas limitações físicas e emocionais que podem ter um impacto significativo em suas vidas.
De acordo com o Datasus, entre setembro de 2019 a agosto de 2020 ocorreram mais de 100 internações diárias com sinais e sintomas compatíveis com alguma enfermidade reumática. Esse número acende um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce.
A dor, seja ela musculoesquelética, articular ou periarticular, costuma ser queixa frequente dentre os pacientes com doenças reumáticas. Ela pode vir acompanhada de inchaço e rigidez articular, o que pode limitar a mobilidade das articulações afetadas. Isso pode dificultar atividades simples, como levantar-se da cama ou subir escadas.
Efeitos Psicológicos:
Viver com uma doença reumática crônica pode causar estresse, ansiedade e depressão. A sensação de perda de controle sobre o próprio corpo pode ser emocionalmente desafiadora.
Por esse motivo, é extremamente importante buscar apoio terapêutico., além do suporte da família e amigos.
Isolamento Social:
As doenças reumáticas podem ser imprevisíveis, com períodos de remissão seguidos por períodos de sintomas graves. Isso torna difícil para os pacientes fazer planos sociais, pois nunca sabem quando estão se sentindo bem o suficiente para participar. O medo de cancelar compromissos de última hora devido a uma exacerbação dos sintomas pode levar ao isolamento social, já que os pacientes podem evitar compromissos sociais para evitar constrangimentos.
Além disso, há também a dificuldade em participar de atividades sociais devido à dor e à fadiga, contribuindo para o isolamento social.
O tratamento das doenças reumáticas também pode ser um fator a mais para esse distanciamento social. Muitos pacientes precisam de medicamentos imunossupressores que os tornam mais vulneráveis a infecções. Isso pode levar à adoção de medidas de precaução, como evitar lugares lotados ou o contato com pessoas doentes, o que pode limitar ainda mais as interações sociais.
A conscientização sobre esses desafios e o apoio ativo da comunidade médica, familiares e amigos podem desempenhar um papel vital na melhoria da qualidade de vida desses pacientes e na promoção de sua inclusão social.
Estigma e Autoestima:
Alguns pacientes enfrentam estigma e discriminação devido às limitações físicas visíveis causadas por suas doenças. Isso pode afetar negativamente sua autoestima e autoimagem.
Além disso, muitos lutam com a autoestima e a aceitação de suas condições. Aceitar as limitações físicas e emocionais pode ser um processo desafiador.
É importante reconhecer que as limitações físicas e emocionais das doenças reumáticas variam de pessoa para pessoa e dependem do tipo e da gravidade da condição. A abordagem multidisciplinar, que inclui cuidados médicos, terapia física, apoio psicológico e adaptações no estilo de vida, pode ajudar a minimizar essas limitações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Conexão entre Doenças Reumáticas e Disfunção Sexual
A conexão entre doenças reumáticas e disfunção sexual é complexa e pode variar dependendo do tipo de doença reumática e da gravidade dos sintomas. Várias doenças reumáticas podem afetar a vida sexual de diferentes maneiras, devido a fatores físicos, emocionais e psicossociais. Abaixo, discutimos alguns dos principais aspectos dessa conexão:
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Dor e Desconforto durante a relação:
A dor crônica é uma característica comum das doenças reumáticas. A dor nas articulações e músculos pode tornar os movimentos durante o sexo dolorosos e desconfortáveis, o que pode inibir o desejo sexual. Da mesma forma, a presença de rigidez articular ou sequelas das doenças pode dificultar a realização de posições sexuais confortáveis e livres de dor. Além disso, algumas doenças podem levar à secura em diversas regiões do corpo, inclusive na mucosa genital, o que pode levar a dor durante a relação.
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Fadiga:
A fadiga é outra queixa comum entre pessoas com doenças reumáticas. A intensa fadiga pode levar à diminuição da energia e do interesse pelo sexo.
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Efeitos Colaterais de Medicamentos:
Alguns medicamentos usados no tratamento de doenças reumáticas podem causar efeitos colaterais que afetam a função sexual, como a diminuição da libido e a disfunção erétil.
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Comunicação e Relacionamentos:
A dificuldade em comunicar as preocupações sexuais com o parceiro ou a parceira pode
levar a problemas de relacionamento. Além disso, o companheiro(a) pode não entender completamente as limitações físicas e emocionais do paciente.
Ou seja, é importante que os pacientes com doenças reumáticas discutam seus problemas sexuais com seus médicos, para melhor compreensão dos sintomas. Muitas vezes, há soluções médicas e terapias que podem ajudar a melhorar a função sexual.
Buscando apoio com a Terapia Sexual:
A terapia com um profissional especializado em sexualidade pode ser benéfica para casais que enfrentam problemas de intimidade relacionados a doenças reumáticas. Essa terapia pode ajudar a melhorar a comunicação, a autoestima e a encontrar formas alternativas de prazer sexual.
É essencial lembrar que cada pessoa é única, e a forma como as doenças reumáticas afetam a vida sexual pode variar amplamente. A busca de apoio médico, a comunicação aberta com o parceiro e o acesso a recursos de apoio podem ser passos importantes para lidar com os desafios sexuais associados a essas condições.