Osteoporose: Entendendo a doença e seus fatores de risco

osteoporose

A osteoporose afeta mais de 10 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Além disso, as complicações ósseas causadas pela osteoporose são responsáveis por mais de 200 mil mortes ao ano.

Essa realidade é resultado da falta de diagnóstico e tratamento, visto que a doença se manifesta somente em fase avançada, quando há fratura, aumentando as chances de complicações, como internações prolongadas, infecção hospitalar, perda de massa muscular e redução na qualidade de vida.

Contudo, quando diagnosticada precocemente, a osteoporose pode ser tratada e as complicações evitadas. Além disso, existem algumas formas de evitar seu surgimento e retardar sua progressão. Continue a leitura para entender melhor a doença e seus fatores de risco.

O que é a osteoporose? Entendendo a perda de densidade óssea

A osteoporose é caracterizada pela redução da densidade mineral óssea, causando o enfraquecimento dos ossos e tornando-os suscetíveis a fraturas. É uma doença crônica e progressiva onde há crescente perda da arquitetura óssea do indivíduo.

Normalmente, o metabolismo ósseo é composto por constante remodelamento, células chamadas osteoclastos são responsáveis pela reabsorção do tecido antigo enquanto os osteoblastos são encarregadas da formação da nova matriz óssea.

A grande questão é que a osteoporose é uma condição assintomática em suas fases iniciais, ou seja, não há dor ou qualquer outro sintoma! Mas à medida que avança, alguns sinais podem ser observados se analisados atentamente, como redução da estatura e alteração na postura, já em fases mais avançadas o perigo é ainda maior: fratura óssea, especialmente no quadril, coluna vertebral e punhos, que podem ocorrer mesmo com traumas leves, de baixo impacto.

 

Fatores de risco para o desenvolvimento da osteoporose

Existem fatores que favorecem o desenvolvimento da osteoporose. Entre eles está o envelhecimento. Isso se dá pois há, naturalmente, perda de massa óssea com o aumento da idade, devido alterações hormonais e físicas. Alguns outros fatores que podem precipitar o aparecimento da doença:

  • hereditariedade – a osteoporose é mais comum em pessoas com antecedentes familiares;
  • menopausa – com o fim da menstruação ocorre a diminuição dos níveis de estrogênio, hormônio com grande influência na manutenção da massa óssea;
  • medicamentos – alguns tratamentos medicamentosos de longa duração podem favorecer a redução de massa nos ossos, como os realizados com corticoides;
  • carência de cálcio – uma alimentação pobre em cálcio aumenta o risco de desenvolvimento da osteoporose;
  • tabagismo e excesso de álcool – fumantes e pessoas que ingerem álcool em excesso apresentam maior incidência de osteoporose;
  • imobilização prolongada – grandes períodos de imobilização também aumentam o risco para a doença, visto que os exercícios físicos ajudam no estímulo e fortalecimento ósseo.

Diagnóstico precoce: a chave para um tratamento eficaz

O diagnóstico precoce é fundamental para tratar a osteoporose de forma eficaz, evitando complicações pois, afinal, a doença geralmente não é perceptível em estágios iniciais. Assim, quando se manifesta, as fraturas costumam ser o primeiro sinal.

Portanto, é comum que o indivíduo tenha osteoporose por anos e não saiba. O acompanhamento médico com exames de rotina é essencial para prevenir e identificar a osteoporose ainda no início.

Complicações da osteoporose: fraturas e suas consequências

As complicações da osteoporose surgem quando em estágio avançado, manifestando-se por meio de fraturas ósseas. O osso fraco e poroso acaba não suportando esforço maior ou trauma, resultando em fraturas espontâneas. Contudo, a osteoporose não causa somente fraturas. As dores na coluna estão associadas às lesões mais frequentes na osteoporose: fraturas de vértebras por compressão, devido a progressiva diminuição na densidade óssea. Essa complicação resulta também na diminuição da estatura do indivíduo. 

Prevenção da osteoporose: hábitos saudáveis para ossos fortes

A prevenção contribui para a diminuição da densidade e enfraquecimento ósseo e apresenta mais sucesso que o tratamento. Afinal, somente o diagnóstico e tratamento precoces impedem o desenvolvimento de complicações graves. 

Dessa forma, recomenda-se medidas preventivas para pessoas com perda óssea ou que apresentam fatores de risco para a osteoporose. Assim, a prevenção da perda de massa óssea consiste em:

  • abandono hábitos nocivos (tabagismo e excesso de álcool).
  • consumo adequado de cálcio e vitamina D;
  • prática de atividades físicas para fortalecimento ósseo;
  • evitar uso de medicamentos sem orientação médica, principalmente corticoides;
  • exposição adequada ao sol para fabricação de vitamina D (alguns minutos nos primeiros horários da manhã ou ao final da tarde).

Além das dicas de prevenção da osteoporose, é importante ficar atento à algumas formas de evitar complicações em pessoas que já apresentam a doença, principalmente idosos. Isso porque, essa população têm maior risco para quedas devido à diminuição do equilíbrio, coordenação, visão deficiente, fraqueza muscular, confusão etc. 

Desse modo, algumas mudanças na rotina são necessárias, como modificar o ambiente para garantir a segurança do idoso e facilitar seu dia a dia. Para isso, é importante que o indivíduo:

  • retire tapetes da casa;
  • evite o uso de chinelos, preferindo sapatos confortáveis e antiderrapantes;
  • instale barras de apoio nos banheiros;
  • instale interruptores próximo à cama;
  • deixe um copo de água na mesa de cabeceira, evitando levantar durante a noite.
  • retire móveis que atrapalhem o caminhar em casa.

A osteoporose quando não tratada, ou diagnosticada tardiamente, pode causar graves consequências e prejuizo para a qualidade de vida. Por isso, é importante prevenir a doença e, sempre que necessário, realizar consultas de rotina para garantir sua saúde e bem-estar.

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