Trombose em diferentes grupos: O que você precisa saber

trombose

Coágulo é um aglomerado de sangue que mudou de seu estado natural líquido para um estado gelatinoso ou semissólido. “Coagulação” é nome dado a uma resposta natural do organismo que ocorre com a finalidade de estancar um sangramento em determinado vaso danificado. Ainda que seja algo natural, visando o equilíbrio do corpo, a coagulação, que evita hemorragias de traumas, também pode causar a trombose.

Esse fenômeno afeta dois a cada mil brasileiros, segundo informações a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH). No entanto, pode ser evitado. A seguir, conheça os diferentes grupos com maior predisposição para a trombose.

Entendendo a trombose

A trombose é o termo usado quando ocorre a coagulação do sangue de uma forma não-saudável, formando uma espécie de trombo no interior da veia. Essa condição pode acontecer em qualquer local do corpo, sendo mais comum em veias de membros inferiores, ou seja, nas pernas.

A principal causa da trombose é a imobilidade por períodos prolongados, como viagens longas, infecções, internações ou repouso pós-cirúrgico. Além disso, outras condições também podem favorecer o surgimento da trombose, como as próprias doenças reumatológicas.

Trombose em mulheres: fatores de risco e precauções especiais

Em geral, as mulheres apresentam maior risco para desenvolver a trombose. A população feminina registra maior frequência de problemas genéticos que podem causar a doença, além disso, os hormônios femininos influenciam no desenvolvimento de distúrbios de coagulação. 

Estudos apontam que hormônios como o estrogênio podem causar resistência à proteína C-reativa, anticoagulantes naturais do organismo. Algumas precauções especiais para evitar a trombose são:

  • manter-se no peso adequado;
  • praticar atividades físicas;
  • evitar longos períodos em repouso;
  • evitar a desidratação;
  • usar meias de compressão, principalmente em caso de varizes;
  • evitar contraceptivos a base de estrogênio;
  • não fumar.

Homens e trombose: riscos e cuidados adequados

A trombose também pode afetar os homens, mesmo que em menores números. Dessa forma, é importante realizar os mesmos cuidados recomendados para mulheres como evitar a obesidade, praticar exercícios físicos, manter-se hidratado, evitar o tabagismo, não ficar longos períodos em repouso e aderir às meias de compressão em caso de varizes.

Trombose na gravidez: preocupações e cuidados pré-natais

Na gestação a trombose pode ser resultado de alterações circulatórias, também agravadas pelo crescimento do útero. Essa condição pode ocorrer não só durante a gravidez, como também no puerpério (pós-parto).

Por isso, o pré-natal é fundamental para acompanhar a saúde da gestante e evitar complicações como essa. Ao perceber possíveis alterações, o médico pode avaliar a gestante como baixo risco ou alto risco. Desse modo, o tratamento pode ser indicado adequadamente. Para evitar a trombose na gestação, é recomendado:

  • uso de meias compressivas;
  • drenagem linfática;
  • caminhadas diárias;
  • exercícios que estimulem a circulação;
  • evitar longos períodos na mesma posição.

Crianças e trombose: desafios no diagnóstico e tratamento

A trombose em crianças é uma condição rara e, geralmente, está associada aos fatores de risco. Dessa forma, se a família apresentar casos de trombose ou algum dos pais tenha diagnóstico de trombofilia, é importante que a doença seja investigada na adolescência. 

No entanto, caso a criança seja diagnosticada com trombose, o tratamento envolve a resolução do fator de risco, tratando a causa, além da medicação específica – o anticoagulante.

Trombose em idosos: fatores associados ao envelhecimento

Algumas alterações no fluxo sanguíneo favorecem a coagulação nas veias. Essas condições são mais comuuns em pessoas idosas, afinal, são muitos os fatores associados ao envelhecimento. A seguir, alguns:

  • imobilidade causada por doença, cirurgia ou sequela;
  • histórico familiar de trombose;
  • obesidade;
  • doenças crônicas;
  • doenças cardiovasculares;
  • doenças inflamatórias;
  • câncer.

Saiba mais sobre diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da trombose é baseado na clínica do paciente com confirmação por meio de exame de imagem – como o ultrassom doppler, por exemplo.

O tratamento dessa visa evitar sua progressão e o surgimento de novos trombos. Além disso, auxiliar o organismo na reabsorção dos trombos que já se formaram. Medicamentos anticoagulantes são os principais fármacos utilizados.

Em casos mais graves, pode ser necessária a administração de medicamentos para dissolver os coágulos. Em ocasiões mais raras, ainda pode ser feita a cirurgia de remoção de coágulos, além de procedimentos emergenciais que permitem aspirar ou fragmentar os trombos de forma rápida e efetiva.

Você conheceu neste post os diferentes grupos que podem desenvolver a trombose, doença que causa o bloqueio da circulação sanguínea e pode provocar graves complicações no organismo. 

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