Fibromialgia: Você sabe o que é?

No Brasil,  estima-se que a fibromialgia ocorra entre 2 a 3% da população, ou seja, cerca de 5 milhões de pessoas. Caracterizada por um quadro de dor generalizada, a fibromialgia pode ser incapacitante e apresentar sintomas como fadiga, insônia e depressão. 

Mais comum entre a população feminina, a doença afeta 1 homem para cada 9 mulheres. Apesar de comprometer a qualidade de vida, o desconhecimento sobre a doença ainda gera estigmas e preconceitos, atrapalhando o diagnóstico correto e prejudicando o tratamento adequado. 

A seguir, entenda a importância de conhecer a fibromialgia, seus sintomas, causas e formas de tratamento para garantir o bem-estar e qualidade de vida.

O que é fibromialgia?

A fibromialgia é uma doença que provoca dor musculoesquelética generalizada , assim como aumento da sensibilidade em articulações, músculos e tecidos. 

Predominante entre mulheres de 20 a 50 anos, a fibromialgia ocorre devido à alteração na interpretação dos estímulos recebidos pelo cérebro e receptores cutâneos.

Como ela é causada?

Os mecanismos que desencadeiam a fibromialgia ainda não são entendidos de forma exata pela comunidade médico-científica. Por isso, a fibromialgia não apresenta causa única e concreta. 

Estudos mostram que a pessoa que sofre com a doença tem maior sensibilidade à dor do que pessoas sem a síndrome, fator diretamente relacionado ao sistema nervoso. 

Considerada parte das doenças reumatológicas, a fibromialgia pode aparecer após eventos graves na vida do indivíduo, como traumas físicos, psicológicos ou mesmo uma infecção grave. A doença pode apresentar predisposição genética, visto que é mais comum entre pessoas com familiares com a fibromialgia.

Quais os principais sintomas da fibromialgia?

1. Dor difusa no corpo 

O principal sintoma da fibromialgia é a dor difusa no corpo. Muitas vezes, é difícil para o paciente definir onde dói e como a dor começou, já que ela não está localizada em apenas uma parte do corpo.

A dor não possui padrão definido, podendo variar ao longo do dia. Apresenta ainda modulação externa, podendo, por vezes, se agravar transitoriamente por fatos negativos ocorridos com o paciente. É comum se ouvir que o quadro doloroso se agrava em dias mais estressantes ou com carga emocional elevada. 

2. Sensibilidade ao toque

 A pessoa com fibromialgia é mais sensível ao toque. Ainda que não exista inchaço nas articulações, a sensação está presente, e  pode ser devido à contração muscular em resposta à dor.

3. Alterações no sono

As alterações no sono estão presentes na maioria dos pacientes com fibromialgia. A dificuldade em manter o sono profundo e contínuo prejudica a qualidade. Assim, o indivíduo tem um sono não restaurador, e acorda sempre referindo cansaço. 

4. Fadiga e cansaço

 A fadiga é queixa extremamente prevalente em pacientes com esta condição. Devido ao cansaço constante, a pessoa com fibromialgia apresenta baixa tolerância aos exercícios, o que se torna um problema, visto que a atividade física faz parte do tratamento da síndrome.

5. Depressão, dores de cabeça, Alterações de Memória ou Problemas de Concentração

A depressão também está presente em boa parte dos pacientes com fibromialgia, assim como dores de cabeça, alterações de memória e problemas para concentração. Estes distúrbios cognitivos trazem ainda mais limitações à qualidade de vida do paciente com fibromialgia. 

Como é o diagnóstico?

A fibromialgia pode ser incapacitante quando não tratada. Por isso, é fundamental buscar ajuda médica para ter o diagnóstico correto e tratamento adequado.

 O diagnóstico é feito por um reumatologista, por meio de investigação clínica, descartando-se doenças com sintomas similares por meio de anamnese, exame físico e, se necessário, exames complementares. 

Como é o tratamento para fibromialgia?

É preciso entender que o tratamento adequado permite que a pessoa com fibromialgia tenha uma vida normal, com qualidade e bem-estar. Contudo, o paciente deve compreender a doença, assim como seus familiares, para que julgamentos e preconceitos sejam evitados.

O tratamento deve ser individualizado, levando-se em conta quais os sintomas mais levam à piora da qualidade de vida, e com o objetivo de minimizá-los. A terapia não-medicamentosa é de extrema importância, devendo-se levar informação aos pacientes sobre a doença, sua evolução esperada, bem como engajar o mesmo na prática de atividades físicas. 

A terapia medicamentosa pode ser utilizada como adjuvante, tratando sintomas como dor, fadiga, depressão e insônia. Podem ser utilizados relaxantes musculares, antidepressivos, anticonvulsivantes, analgésicos, dentre outros, sempre com a avaliação e prescrição médica correspondente. 

A importância do exercício físico para apoio ao tratamento

 Para o controle dos sintomas é fundamental que a pessoa pratique atividade física de maneira regular, como caminhada, natação, alongamento, pilates, hidroginástica e ioga. A constância do exercício é o mais relevante no combate à doença. 

Os exercícios contribuem para diminuir as dores de forma considerável. Além disso, é importante ter uma alimentação saudável e balanceada, evitar  uso de cigarros e bebidas alcoólicas. 

Outras recomendações importantes

  • Para melhorar o descanso, ter uma boa qualidade de sono é essencial, adequando o local de descanso para poucos ruídos e baixa iluminação, seguindo sempre uma rotina de horários. 
  • Para pessoas que apresentam sintomas depressivos ou ansiedade, o acompanhamento psicológico/psiquiátrico é muito importante, e auxilia na melhora do quadro. 

Agora você já sabe a importância de compreender a fibromialgia, conhece os sintomas e como o tratamento correto permite que a pessoa com essa síndrome tenha qualidade de vida e bem-estar para realizar suas tarefas cotidianas.

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