Os ataques de gota tendem a começar à noite, principalmente de madrugada, normalmente, seguidos por períodos sem sintomas. Eventualmente, algumas pessoas apresentam a forma crônica, apresentando crises frequentes, quase ininterruptas, acometendo várias articulações, ao mesmo tempo. É importante você saber identificar a doença, pois deposita cristais de ácido úrico em tecidos não articulares, provocando a formação de caroços (tofos) na pele ou de pedra nos rins. Os cristais de urato e os tofos danificam as articulações, gerando deformidades articulares com o tempo.
Avaliação
Você pode prevenir e-ou identificar a gota com o monitoramento dos níveis de ácido úrico no sangue. O processo é uma ferramenta para diagnóstico, porém, às vezes, o exame pode ser enganoso, especialmente, se a medição se der no momento de um ataque agudo. Curiosamente, os níveis podem ser normais por um curto período de tempo, ou mesmo baixos, durante os ataques. Além disto, algumas pessoas não acometidas pela gota apresentam níveis elevados de ácido úrico, o que também pode ser um fator de confusão no momento do diagnóstico. Assim, a correta interpretação de um exame deve ser feita por um profissional habituado com tais variações.
De qualquer forma, os métodos de imagem ajudam na confirmação diagnóstica. Uma radiografia da articulação demonstra danos, sobretudo em paciente com doença de longa duração. O interessante é que, tanto a ultrassonografia quanto a tomografia computadorizada de dupla energia, permite que você identifique sinais da doença, pois revela alterações características iniciais.
A pesquisa de cristais de monourato no líquido ou no tecido articular também é outra ferramenta. Trata-se do método definitivo para validação diagnóstica, mas por ser um procedimento invasivo, não é indicado com frequência. O processo usa uma agulha para extrair fluido do interior da articulação afetada para ser analisado em microscópio, identificando a presença de cristais.
Diagnóstico
Por vezes, o diagnóstico costuma ser difícil, pois os sintomas de outros tipos de artrite são semelhantes à gota, o que torna fundamental a consulta com um Reumatologista. Além disto, os planos de tratamento devem ser individualizados, adaptados para cada pessoa . Em outras palavras, o que funciona bem para uma pessoa pode não ser indicado para outra. Dessa forma, as decisões sobre quando iniciar o tratamento e quais medicamentos usar devem ser feitas sob medida para cada pessoa.
A gota é uma doença passível de tratamento, cujo propósito é controlar a crise ou acabar com os ataques de dor. Assim, a abordagem terapêutica se divide em tratamento dos ataques agudos e prevenção de outros com o controle do ácido úrico no sangue. Atenção é crucial, pois, quanto mais rápido você identifica os sintomas da gota, mais rápido também poderá iniciar o tratamento.