Uma boa noite de sono é fundamental para acordar com disposição. Muitas pessoas desconhecem que um repouso adequado proporciona diversos benefícios à saúde. Mas, será que existe uma posição correta para dormir bem? O que influencia, de fato, na qualidade do sono de quem tem dores decorrentes da fibromialgia? Os questionamentos são muito frequentes nos consultórios de Reumatologia.
Alguns dados alarmantes estão foram apontados pelo levantamento da Royal Philips, em 2021, com 74% dos brasileiros informando que adquiriram um ou mais problemas de sono, desde o início da quarentena. Os dados da Associação Brasileira do Sono (Absono) também assustam com 70% das pessoas apresentaram queixas relacionadas ao sono, nesse período e, a dificuldade para repousar cresceu.
Para você entender melhor, a fibromialgia é uma doença que tem como principal sintoma a dor difusa e crônica, porém o distúrbio do sono é uma das principais causas para a fadiga intensa, habitualmente existente em portadores dessa doença. Dessa forma, os estudos revelam que cerca de 90% dos portadores de fibromialgia relatam um sono pouco profundo e de má qualidade, sendo repartido, não reparador e superficial.
As pessoas precisam compreender que dormir é uma necessidade básica e, dessa forma, deve gerar um descanso sem interrupção da atividade percetivo-sensorial e motora voluntária. Afinal, o repouso é muito importante para o bem-estar e o adequado funcionamento do organismo.
Quem tem dores crônicas e fibromialgia reclama sobre como essas patologias também atrapalham na execução de tarefas básicas diárias. Por isso, as dificuldades, associadas ao cansaço, pioram o sono ainda mais. Entretanto, quem tem fibromialgia, dorme melhor com a prática de atividades leves a moderadas, como as aquáticas, por serem eficazes na diminuição dos sintomas da dor. Os efeitos da hidroterapia sobre a dor são bastante promissores em relação à qualidade do sono.
É muito importante ressaltar para o seu conhecimento que, o tipo de colchão também influencia no desconforto noturno. A verdade é que o colchão não deve ser muito macio e nem muito rígido para propiciar um equilíbrio estrutural. Curiosamente, quando é muito macio, permite má postura e desalinhamento articular; por outro lado, quando muito rígido, aumenta as dores em pessoas sensíveis. A recomendação é que a escolha seja feita avaliando o biotipo e peso de cada um, contando com ajuda profissional.
Um outro alerta vai para a alimentação que também deve ser avaliada como causa nos distúrbios do sono. O consumo de alimentos com excesso de carboidratos ou gorduras no período da noite prejudica o sono, dificultando a digestão ou fazendo uma hipoglicemia rebote noturna. Atenção para o consumo de cafeína e nicotina também aumentam o risco de insônia por serem estimulantes e não deixarem o cérebro “desligar”.
Por isso, caso você tenha distúrbio do sono, é essencial ajustar seu cotidiano com atividade física diária, regularização da alimentação, uso do colchão adequado para suas necessidades, mantendo uma boa noite de sono para ter disposição no dia seguinte. O seu médico te orientará em todas essas questões, avaliando a possível necessidade de introdução de medicamentos.