O Maio Roxo é uma campanha para conscientização sobre o impacto do lúpus no cotidiano das pessoas. A ação reforça a necessidade de melhorar os serviços de saúde para o portador, aumentar as pesquisas sobre as causas e tratamento, diagnosticar e tratar precocemente, aprimorando os dados epidemiológicos em nível global, gerando mais recursos para amenizar o sofrimento desse problema que atinge mais de cinco milhões de pessoas.
A denominação lúpus tem origem na palavra em latim “lupus”, significando lobo, porque alguns médicos achavam que a mancha que surge na face teria um aspecto parecido com a que está presente no rosto de alguns tipos de lobos. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória, autoimune e crônica e que acomete, principalmente, as mulheres mais jovens, sendo mais de 75 mil brasileiros, conforme dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).
O lúpus é desencadeado por um desequilíbrio no sistema imunológico, podendo ser causado por fatores genéticos, hormonais e ambientais. O desequilíbrio resulta na produção de anticorpos que, em vez de proteger, passam a atacar o próprio organismo, causando inflamação. As mulheres em idade fértil, entre 20 e 45 anos, são mais acometidas, representando 90% dos casos. A estimativa é que uma em cada 1,7 mil brasileiras conviva com a enfermidade. A explicação é a correlação entre os sistemas imunológico e endócrino feminino, uma vez que o hormônio estrógeno está envolvido no desenvolvimento da doença.
O problema acomete qualquer sistema do organismo, sendo os mais comuns a pele, com o aparecimento de manchas em áreas expostas ao sol, como a face, colo e braços e as articulações, com o surgimento de dores nas juntas. Cerca de 50% dos pacientes apresentam problemas nos rins, mas o lúpus também pode acometer o coração, pulmões e o sistema nervoso. É importante lembrar que nenhuma das formas é contagiosa, assim como as demais doenças autoimunes.
Os sintomas gerais são febre, emagrecimento, perda de peso, fraqueza e desânimo, sendo que também existem aqueles mais específicos de cada órgão, como dor nas articulações, manchas na pele, hipertensão e problemas nos rins. O tratamento inclui medicamentos imunossupressores para evitar as crises e regular as alterações imunológicas e também drogas analgésicas e anti-inflamatórios hormonais. A doença é complexa, híbrida e de difícil diagnóstico. Os sintomas são diversos e variam conforme cada caso, sendo que ainda não existe um exame único e específico para diagnóstico. A identificação requer uma combinação de sinais clínicos e alterações laboratoriais.
Apesar da diversidade de sintomas, é possível conviver com a doença, através de tratamento correto e adoção de alguns hábitos de vida importantes, como ter uma alimentação saudável, ingerir muita água, evitar bebida alcoólica, tabagismo e exposição ao sol e praticar atividade física regularmente. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a probabilidade de um manejo adequado, evitando-se sequelas. É fundamental promover e ampliar ações de conscientização, pois informar a população é contribuir com um futuro melhor para quem sofre com o problema. É preciso apoiar essa causa e unir forças contra esse problema que compromete a qualidade de vida de milhares de pessoas no mundo.
Viviane Angelina de Souza, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)
Tenho fortes dores no joelho, dores na coluna hérnia de disco sinto fortes dores incontrolável dores que não para
Bom dia! Luiz, indicamos que procure o reumatologista.
Não realizamos consultas, mas nesse link têm reumatologistas em diversas regiões do país, esperamos que encontre algum na sua região:https://www.reumatologia.org.br/associado
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