O lúpus acomete cinco milhões de pessoas no mundo. Os portadores da doença ainda lidam diariamente com o estigma causado pelo desconhecimento de informações básicas sobre a doença.

Dados e estatísticas importantes para conhecimento da doença:
- O lúpus tem causa multifatorial e se desenvolve por fatores hormonais, genéticos e ambientais
- O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, não sendo contagiosa e, nem mesmo, por contato sexual. Não é possível “pegar” de alguém ou “transmitir” a doença
- A doença ataca, principalmente, as mulheres em idade fértil. Contudo, homens, crianças e adolescentes também são afetados
- Atinge mais frequentemente grupos étnicos específicos, como negros e asiáticos
- O LES é mais comum nos países tropicais, em decorrência da luz solar ser mais forte
- A maioria das pessoas desenvolve a doença entre as idades de 15 a 44 anos
- Cerca de 5% das crianças nascidas de pai ou mãe afetados, desenvolverão a doença
- O tempo que leva desde a manifestação dos primeiros sintomas até o diagnóstico da doença, é de até seis anos
- Mulheres portadoras da doença, que desejam engravidar, devem seguir rigorosamente a orientação médica e dar preferência aos períodos de remissão
- Em 1971 a American College of Rheumatology anunciou 11 critérios para o diagnóstico da doença, sendo que um deles é a existência da chamada buttefly rash, ou asa de borboleta. Trata-se de uma lesão que surge nas regiões laterais do nariz e prolonga-se horizontalmente pela região malar no formato da asa de uma borboleta
- O lúpus não está relacionado ao câncer, no entanto, alguns tratamentos para o lúpus podem incluir drogas imunossupressoras que também são utilizadas na quimioterapia
- A enfermidade não tem relação com o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ou à AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). No HIV, o sistema imunológico é subativo e, já no lúpus, o sistema imunológico é hiperativo
- Em estudo da Resource Center on Lupus, nos Estados unidos, participantes citaram a dor (65%), alterações no estilo de vida (61%) e problemas emocionais associados com lúpus (50%), como as partes mais difíceis de lidar com a doença
- Em razão da relevância clínica das infecções no LES, é necessário adotar medidas preventivas. A vacinação é a mais importante dessas medidas preventivas e deve ser feita nos períodos em que a doença está estável, evitam-se as vacinas com BCG e vírus vivos
- De acordo como Ministério da Saúde, no Brasil em 2017 ocorreram 925 mortes provocadas pela doença
- As principais causas de mortalidade decorrentes do LES entre os anos de 2002 e 2011 são as doenças respiratórias e circulatórias, as infecciosas e parasitárias e as do sistema geniturinário
- Conforme estudos nos Estados Unidos e na Tunísia, em países emergentes e minorias étnicas, o LES tende a ser mais grave e mais sintomático. As taxas de atividade de doença são mais elevadas, provocando um acúmulo de danos em órgãos-alvo e maior mortalidade.
Fonte
- COSTI, Luisa; IWAMOTO,Hatsumi; OLIVEIRA,Dilma – Mortalidade por lúpus eritematoso sistêmico no Brasil: avaliação das causas de acordo com o banco de dados de saúde do governo, Revista Brasileira de Reumatologia, Pará, 2017. NA: 1-9, 2017. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v57n6/pt_0482-5004-rbr-57-06-0574.pdf> acesso em: 08 mai.2019.
- Resource Center on Lupus, Lupus, facts and statistics, USA, Disponível em <https://www.lupus.org/resources/lupus-facts-and-statistics> acesso em: 08 mai.2019.